Clarice Linspector
Escrever e transmitir para outras pessoas nossas alegrias, tristezas, medos, desejos, anseios e posições diante de fatos. Significa passar conhecimentos, informações e, sobretudo, o legado cultural da humanidade. Uma ideia constantemente difundida, porem errónea, é a de que apenas alguns poucos podem escrever bem. Entretanto, a escrita de qualidade exige treino e dedicação. Os escritores e jornalistas só conseguiram produzir textos com clareza, correção e que despertassem o interesse do leitor após sucessivas tentativas, erros e acertos.
Se adquirirmos algumas técnicas importantes e escrevermos com regularidade,aumentam as possibilidades de produção de textos coesos, claros e coerentes.
As dificuldades na expressão de nossas ideias, em alguns casos, surgem porque não as amadurecemos ainda ou não possuímos informações suficientes para desenvolvê-las. Elas podem ser sanadas pela leitura de obras literárias (como as sugeridas nos vestibulares), de jornais(de modo especial os editoriais) e revistas. Além disso, assistir a bons filmes, peças de teatro, ouvir músicas de qualidade, visitar museus e exposições faz que aumentemos nossos conhecimentos. Estes também podem ser ampliados por meio de conversas com as pessoas, principalmente as mais velhas, que tem muito a ensinar com suas experiências de vida.
Vale reforçar que não se pode acreditar na primeira versão que se houve de um fato. Por isso, é importante comparar as opiniões de jornais diferentes ou mesmo de noticiários de diversos canais. Para adquirir senso crítico, deve-se questionar causas, refletir sobre os efeitos, ligar fatos e observar a realidade.
Os bloqueios e dificuldades em outros casos estão relacionados à ausência de técnicas. Portanto, é necessário aprendê-las e, sobretudo pratica-las. Daí a importância de treino, exercícios e reescrita de textos que precisam ser melhorados. Para tanto, devemos ter força de vontade e dedicação, além de autocrítica (no sentido de detectar os erros e o que pode ser aprimorado).
Ao escrever, é importante pensar num leitor com quem dialogaremos, a fim de que possamos organizar nossas ideias de modo claro. Quando nos lançamos nessa tarefa, devemos preferir a utilização de palavras conhecidas em detrimetro de palavras difíceis ou desconhecidas, que por vezes podem dificultar o entendimento do texto ou comprometê-los.
